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Publicação - Outubro 2023

 

No ano de 1833

 

A localização de Rio Maior tem sido, desde tempos imemoriais, um fator determinante nuns casos para o desenvolvimento e bem-estar, noutros para o retrocesso e sofrimento das gentes que ocupam esta zona do país.

No século XIX, Portugal assistiu a uma sucessão de crises políticas e conflitos de natureza diplomática e militar.

Passadas pouco mais de duas décadas sobre a terceira invasão napoleónica, e ainda mal recuperada da devastação deixada pelos franceses e aqueles que os combateram, a população do atual concelho de Rio Maior viu de novo duas forças militares em conflito calcorrear o terreno, desta feita aquelas que representavam as duas frentes da guerra fratricida entre D. Pedro e D. Miguel.

Para além do aquartelamento e das movimentações alternadas das tropas liberais e absolutistas no território, também as duas figuras régias terão percorrido as vias que o atravessavam.

A Casa Senhorial d’El Rei D. Miguel deve o seu nome a uma presumível hospedagem desta figura régia no edifício, à época propriedade de Joaquim Maria, ferrenho miguelista.

Quanto a D. Pedro, segundo descrição inclusa no terceiro volume da coletânea Chronica Constitucional do Porto, terá passado por estas terras em 1833. Lê-se o seguinte: «Paço do Cartaxo 26 de Outubro de 1833. Sua Magestade Imperial o Duque de Bragança sahio ás oito horas e meia da manhã (…) Voltou ao Paço era meio dia, e almoçou. Á uma hora tornou a sahir, e passou Revista á 2.ª Columna nos arrabaldes e quintas do Cartaxo sobre a estrada de Rio Maior a Almoster. Seguio depois para a Azambujeira onde passou Revista á 4ª Columna.»

 

Fonte: Chronica Constitucional do Porto, Vol. 3, p. 486, Porto: [s.n.], 1832-

Imagem: Carta militar das principaes estradas de Portugal por L. H. ; grav. Romão Eloy Almeida. - Lisboa: [s.n.], 1808

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