Proponente: Câmara Municipal de Rio Maior

Natural de Alcanede, onde nasce em 1925, António Rafael inicia a sua trajetória artística pela pintura cerâmica e transita depois para a arte pictórica, recebendo lições do conceituado mestre António Ramos Ribeiro. A necessidade de sustentar a família leva-o a abandonar a pintura, dedicando-se ao comércio e restauro de antiguidades. Abre casa de vendas nas Caldas da Rainha. Em 1967 transfere-se para Rio Maior, onde instala uma loja na parte norte da então vila. Nas palavras do historiador Joaquim Veríssimo Serrão, que amiúde frequentava este estabelecimento, em busca de preciosidades antiquárias e tesouros da literatura e da arte portuguesa: “Ocorre que o pintor não cessara de todo a vocação da pintura, pois ao lado do armazém de vendas se entrevia a porta do atelier onde, nas horas de inspiração artística, era seu costume recolher-se”. No ano de 1969 voltara à pintura de cavalete e aos desenhos a pastel e à pena, com frequência a carvão e a lápis. As suas telas revestem várias paredes, incluindo uma do Museu do Abade de Baçal, e encorpam várias exposições. No seu curriculum, incluem-se a atribuição de prémios, como o 1.º Prémio de Honra Roque Gameiro, pela Casa do Ribatejo, em 1979. Em Rio Maior, numa iniciativa da Associação Cultural do Concelho de Rio Maior, dinamiza aulas particulares de pintura e desenho e redige artigos sobre a temática para o jornal O Riomaiorense.

Recebe a homenagem da Câmara Municipal de Rio Maior pelo seu percurso e por retratar nas suas obras “belos e característicos aspetos concelhios”.