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Publicação - Janeiro 2022

 

No ano de 1892

Comemoramos, neste Novo Ano de 2022, o 130º aniversário da criação da primeira tipografia em Rio Maior, iniciativa de Francisco Pereira de Sousa.

É de notar o percurso de vida excecional do responsável por tal empreendimento.

Nascido em Rio Maior em 1856, Francisco Pereira de Sousa daqui partiu para se empregar no comércio da capital com 12 anos. Aos 16 assentou praça e partiu rumo a Macau, onde se casou e cumpriu a carreira militar, reformando-se com o posto de sargento do exército colonial.

Regressa a Rio Maior, onde para além de tipógrafo, desenvolve também a atividade jornalística, como administrador do primeiro jornal local, O Riomaiorense, e assume ainda as funções de amanuense da Câmara, de membro da Junta da Paróquia e de procurador.

Muda-se depois para o Cartaxo, onde também vem a fundar um jornal, em 1895, intitulado Ribatejo, de caráter marcadamente republicano.

Alguns anos mais tarde, toma de trespasse uma grande tipografia em Lisboa e desenvolve, nesse tempo, uma ativa propaganda dos ideais republicanos, o que lhe vale alguns dissabores com as autoridades monárquicas, incluindo o ver-se obrigado a vender a tipografia.

Emprega-se, de seguida, nos Serviços Geodésicos e foi também chefe de secção na Escola Prática de Agricultura de Queluz.

Apesar de tão intensa atividade profissional, nunca deixou, todavia, de visitar assiduamente e de se interessar pela sua terra de origem, facto bem ilustrado pela autoria do primeiro volume dedicado à história da localidade, Rio Maior: a vila, seu concelho e comarca: apontamentos e excertos, publicado em 1935.

Este notável riomaiorense vem a falecer em Lisboa, no ano seguinte, a 15 de agosto de 1936.

Fontes: Concelho de Rio Maior A1 N24, 22-08-1936, p. 4; Francisco Pereira de Sousa, Rio Maior: a vila, seu concelho e comarca: apontamentos e excertos, p. 191.

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