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Publicação - Dezembro 2022

 

No ano de 1912

Para os que nasceram após o advento da internet e vivem atualmente na era das redes digitais, representará, certamente, um esforço imaginar a dificuldade que em tempos houve de comunicar à distância, bem como de em épocas festivas como aquela que atravessamos termos novas de conhecidos e entes queridos.

Há cerca de um século, um passo em frente era dado em Rio Maior em termos dos meios de comunicação, com a instalação da rede telefónica. Para além do correio e do telégrafo, os riomaiorenses passaram, a partir daí, a dispor de um dispositivo que transmitia som e com o qual podiam comunicar de viva voz.

Recuando um pouco, note-se que na sessão da Câmara Municipal do Concelho de Rio Maior decorrida a 27 de março de 1885 é presente um ofício do Presidente da Comissão Eleitoral, em que o mesmo sugere assinalar-se “com festejos o telephone acabado de montar nesta villa”. Contudo, considerando que a rede telefónica pública tinha sido inaugurada em Portugal apenas três anos antes, a utilização deste primeiro aparelho terá sido decerto limitada.

Passados quase três décadas, no ano de 1912, os vultos locais António Gomes de Sousa Varela e António Custódio dos Santos fazem publicar, na imprensa local, uma carta aberta dirigida aos governantes da época a solicitar vários melhoramentos, incluindo “a construção de uma rede telefónica com passagem pela freguesia da Marmeleira” e a ligar Rio Maior à sede de distrito.

Os trabalhos de construção da linha telefónica só sucedem, todavia, em 1932, ano em que decorre também a obra de construção do novo edifício destinado à estação dos Correios, Telégrafos e Telefones. No dia 15 de janeiro de 1933, o Jornal de Rio Maior anuncia: “Temos, finalmente, a nossa terra ligada pelo telefone ao resto do paiz.”

Fotografia: Rio Maior, 17 de Março de 1935@Fundação Portuguesa das Comunicações – Arquivo Histórico, Estações de Correios P–R COTA: B000206

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