Os serviços de água, saneamento básico e recolha de resíduos urbanos têm um novo tarifário que deverá promover uma baixa generalizada do valor das faturas a pagar pelos munícipes riomaiorenses, aprovado na última reunião do executivo municipal no passado dia 30 de novembro por maioria, com a abstenção de um vereador do Partido Socialista.
Não se tratando de uma redução de todos os preços praticados mas sim de um ajuste do preço em cada serviço que, no seu geral, provoca uma diminuição do valor global faturada a cada munícipe por estes 3 serviços, cumpre uma promessa do executivo municipal de vir a refletir os ganhos de eficiência conseguidos com os investimentos realizados nestes setores, nomeadamente na rede de abastecimento de águas.
O novo tarifário (ver link abaixo) foi alvo de estudos económico-financeiros realizados pelos serviços municipais que demonstram que as estimativas da execução para 2016 sugerem a possibilidade de fazer alguns ajustamentos, existindo margem para descer, ainda que ligeiramente, os preços cobrados pelo abastecimento de água e pelo serviço de resíduos urbanos, embora não exista ainda margem para descer os preços cobrados pelo serviço de águas residuais.
Com base neste estudo e nos ganhos de eficácia do sistema conseguidos em 2015 e 2016 com um conjunto avultado de investimentos, nomeadamente nas redes de abastecimento de águas e de saneamento, em situações publicamente conhecidas, casos da Vila da Marmeleira e Arco da Memória, entre outros investimentos de menor monta mas de igual importância, a implementação deste novo tarifário apontam para uma redução do valor da fatura nos tarifários domésticos de cerca de 10% para consumos até 5m3 e cerca de 8% para consumos entre os 5m3 e os 20m3, com a percentagem de redução a diminuir progressivamente para desincentivar os consumos excessivos de água, como defende a própria entidade reguladora.
Quanto aos tarifários não-domésticos, é previsível uma redução do valor da fatura destes 3 serviços em 8% para um consumo de 5m3, 7% para um consumo de 10m3 e 6,5% até 6% para um consumo de 15m3 a 50m3. Estas reduções têm em conta o padrão de consumo não-doméstico, principalmente na restauração local, que sendo elevada consumidora de água é também grande geradora de resíduos urbanos
Além destas reduções a Câmara Municipal absorve ainda os custos relativos ao aumento dos preços praticados pelos nossos fornecedores de água e serviços, não os refletindo na fatura ao consumidor pois espera vir a recuperá-los, bem como ao ligeiro défice que este tarifário gera, graças aos investimentos em curso de telegestão do sistema de águas e intervenção no sistema de abastecimento da cidade, nomeadamente com a redução de perdas da rede.
O novo tarifário entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2017, tendo o conjunto das tarifas nele propostas reflexo no orçamento do Município de Rio Maior, reduzindo em cerca de 10% a receita financeira gerada por estes 3 setores.