A história do Concelho de Rio Maior é bastante rica, remontando a 1177 a mais antiga referência documental sobre a nossa terra. No documento em anexo fique a conhecer os principais factos históricos associados ao Concelho de Rio Maior.
- 1177
- 1191
- 1527
- 1561
- 1619
- 1633
- 1659
- 1674
- 1680
- 1702
- 1758
- 1791
- 1794
- 1802
- 1811
- 1833
- 1834
- 1836
- 1838
- 1847
- 1859
- 1864
- 1869
- 1870
- 1875-1879
- 1876
- 1878
- 1880
- 1880
- 1892
- 1893
- 1898
- 1907
- 1910
- 1911
- 1912
- 1914
- 1915
- 1920
- 1920
- 1920
- 1924
- 1927
- 1928-1938
- 1940
- 1942
- 1945
- 1947-1948
- 1952
- 1961
- 1971
- 1972-1973
- 1974
- 1975-1976
- 1978
- 1980
- 1982
- 1985
- 1986
- 1989
- Década 90
- 1992
- 1997
-
1177
Documento mais antigo que refere a localidade de Rio Maior. Venda por Pêro Baragão e sua mulher Sancha Soares aos Templários da quinta parte no poço e salinas de Rio Maior. MESA CONSCIENCIA E ORDENS N_233-FL.175 (cópia do documento de 1177) - Torre do Tombo
-
1191
Do século XII ao Século XVIII, Rio Maior é comenda da Ordem de Avis. Data da confirmação de D. Afonso II, Rei de Portugal de uma carta de composição entre o prior da Igreja de Santa Maria de Santarém e os frades da mesma sobre a repartição dos dízimos de Rio Maior, Azóia, Alcoentre, Calhariz e de vinha que foi de Pedro de Areias. ORDEM DE AVIS E CONVENTO DE SÃO BENTO DE AVIS Mç. 2, n.º 103 Torre do Tombo
-
1527
A aldeia e freguesia de Rio Maior (termo de Santarém) contam com 93 vizinhos. Primeira contagem populacional ordenada por D. João III. CADASTRO DA POPULAÇÃO DO REINO 1527 - mf. 6454 Torre do Tombo
-
1561
A localidade de Rio Maior e o curso do rio figuram no 1.º mapa conhecido de Portugal, da autoria de Fernando Álvaro Seco. PORTUGALLIAE QUE OLIM LUSITANIA, NOVISSIMA & EXACTISSIMA DESCRIPTIO - Fernando A. Seco - 1560-1 – Biblioteca Nacional Digital
-
1619
Fundação da Albergaria Régia (ou hospital). PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, (1816-1884), Lisboa: Mattos Moreira, 1878, Vol. 8, p. 200 Biblioteca Municipal Laureano Santos – Rio Maior
-
1633
Elevação da aldeia de Azambujeira a vila. Alvará de 27 de maio de 1633 do rei D. Filipe III. Localidade anteriormente pertencente à freguesia de S. João da Ribeira. Constituída por apenas uma freguesia, de invocação de Nossa Senhora do Rosário. Rio Maior nunca pertenceu à Azambujeira, manteve-se sob jurisdição de Santarém até à elevação a concelho em 1836. CHANCELARIA DE FILIPE III - AZAMBUJEIRA – ALVARÁ PARA SER VILA - Liv.25, f.299 Torre do Tombo
-
1659
Anexação dos bens do hospital à Santa Casa da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Rio Maior, deixando de pertencer a Santarém. Alvará de 18 de abril de 1659 do rei D. Afonso VI. A Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior já existe ou terá sido constituída nesta data. CHANCELARIA DE AFONSO VI – PETIÇÃO DOS MORADORES E FREGUESES DA FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, DO LUGAR DE RIO MAIOR – Liv. 23 – f. 161 v Torre do Tombo
-
1674
Instituição da Feira Franca de Arrouquelas (dando continuidade a feira e festa que já antes se realizavam, no mesmo local, ao dia 15 de setembro de cada ano). Alvará de 23 de outubro de 1674 do rei D. Afonso VI. A Feira de Setembro de Rio Maior terá dado continuidade à de Arrouquelas, quando esta deixa de se realizar a partir de 1739 (data apontada por alguns autores) e por solicitação apresentada pelas autoridades locais ao rei. No seu Diccionario Geographico, Tomo I, datado de 1747, o Pe. Luiz Cardoso refere que, à época, a feira de Arrouquelas já tinha deixado de se realizar e a Memória Paroquial de Rio Maior, datada de 1758, confirma a existência de uma feira franca em Rio Maior, que decorre a 15 de setembro (como sucedia em Arrouquelas), prolongando-se por três dias. ALVARÁ, 23 DE OUTUBRO DE 1674
-
1680
O 3.º Visconde de Asseca e as forças vivas da terra lideram um levantamento em Rio Maior para aí erigir vila, chegando a levantar forca e pelourinho. Ata da Câmara Municipal de Santarém de 7 de janeiro de 1680, cit. in A Vila de Santarém (1640-1706): Instituições e Administração Local, de Martinho Vicente Rodrigues, p. 56 LIVRO DAS ATAS DA C.M.S. DOS ANOS DE 1673-1680, fls. 417-417 v. Biblioteca Municipal de Santarém
-
1702
O lugar de Arruda dos Pisões ascende a freguesia (do termo de Santarém) MEMÓRIA PAROQUIAL DE ARRUDA DOS PISÕES – 2 de abril de 1758 Torre do Tombo
-
1758
A freguesia de São João da Ribeira possui um hospício da Ordem dos Dominicos ou Dominicanos, sujeito ao Convento da Serra de Montejunto de Nossa Senhora das Neves. MEMÓRIA PAROQUIAL DE S. JOÃO DA RIBEIRA – 29 de março de 1758 Torre do Tombo
-
1791
Lançamento da Estrada Real D. Maria I, cujo trajeto passa por Rio Maior Alvará de 28 Março de 1791 de D. Maria I Este alvará irá regular as obras que decorrerão nas décadas seguintes e nele se lê: “(…) Ordeno, que além de outras Obras da maior importancia, de que agora o mando encarregar, promova apportunamente o complemento da Estrada até á dita Serra de Rio Maior, para que ella se solide, e uniforme com a que do dito Lugar em diante, até á Cidade do Porto, mando construir debaixo das Regras, Methodo, e Plano geral, que tenho approvado, e vai a pôr-se em prática.” ALVARÁ, 28 DE MARÇO DE 1791
-
1794
Criação de um hospício e fábrica de buréis, por frades franciscanos arrábidos, onde atualmente existem os Paços do Concelho em Rio Maior. Doação feita por D. Anna Micaela do Nascimento aos Religiosos do Real Convento da Arrábida. ATA DE DOAÇÃO - 04 DE ABRIL DE 1794 Arquivo Distrital de Santarém
-
1802
Criado o título de Conde de Rio Maior. Instituído por decreto do príncipe-regente D. João, em nome de sua mãe D. Maria I de Portugal, a 18 de novembro de 1802 e confirmado por carta de lei de 8 de Janeiro de 1803. Foi 1.º Conde de Rio Maior, João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa Juzarte Figueira (1746-1804), filho de António Saldanha de Oliveira e Sousa, 15.º morgado de Oliveira, e de D. Constança de Portugal. O 4.º Conde, António José Luís de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa (1836-1891), e seus descendentes, recebem também o título de Marquês de Rio Maior, criado em 19 de Maio de 1886, pelo rei D. Luís I. João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa Juzarte Figueira, 1.º Conde de Rio Maior (1746–1804) – Fonte: Wikipedia
-
1811
O General Jean-Andoche Junot, 1.ª Duque de Abrantes, é ferido em Rio Maior no contexto da 3.ª Invasão Francesa. No inicio do século passado, a data é comemorada, em Rio Maior, a 11 de fevereiro (O Riomaiorense, 2.ª edição, Ano I, N.º 47 – 20/02/1913), contudo, segundo registos da época o acontecimento terá decorrido durante o mês de janeiro de 1811, apontando-se o dia 19 do mesmo. REGISTO DE OFÍCIO (…) - MNE, liv. 115 - Fl. 67v-68: 31-1-1811 Torre do Tombo
-
1833
A Rainha D. Maria II é aclamada pela primeira vez em Rio Maior a 10 de agosto. (1828-1834 Guerras Liberais) CONCELHO DE RIO MAIOR, Laureano Santos, Fernando Casimiro, Ano 5.º, N.º 146 – 15-10-1940, p. 2 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1834
1834 – D. Miguel terá pernoitado em Rio Maior, nas vésperas da batalha de Almoster (travada em 18 de fevereiro de 1834), na casa de Joaquim Maria, ferrenho miguelista. (1828-1834 Guerras Liberais)
-
1836
Criação do concelho de Rio Maior a 6 de novembro, constituído pelas freguesias de Abitureiras, Azambujeira, Arruda dos Pisões, Outeiro da Cortiçada, Rio Maior e São João da Ribeira No quadro de reorganização administrativa levada a cabo pelo Ministro Passos Manuel. A primeira Câmara reúne e toma posse a 13 de janeiro de 1837, sendo eleito Presidente Joaquim Duarte da Silva Franco AUTO DE POSSE E JURAMENTO (…) – LIVRO 1.º DAS SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE RIO MAIOR 1837, p.2 - Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1838
A Câmara Municipal é instalada no edifício do antigo hospício dos frades franciscanos arrábidos Por não reunir condições a “antiga casa chamada do Concelho” (Rio Maior: A vila, seu concelho e comarca, F. Pereira Sousa, 1935, p. 24), o Governo Civil de Santarém sede, a título provisório, por oficio datado de 17 de janeiro de 1838, o edifício do extinto hospício da vila. Por lei de 14 de fevereiro de 1861, o Rei D. Pedro confirma a concessão do edifício à Câmara Municipal de Rio Maior. LEI 14 DE FEVEREIRO DE 1861
-
1847
A sede de concelho passa para a freguesia de São João da Ribeira Por decreto de D. Maria II, datado de 13 de janeiro de 1847, a sede da administração do concelho passa para a localidade de São João da Ribeira e por decreto de 19 de janeiro do mesmo ano, São João da Ribeira passa também a cabeça de jugado. Desconhecem-se efeitos práticos destas iniciativas legislativas de D. Maria II. DECRETO DE 13 DE JANEIRO DE 1847
-
1859
O ensino primário estende-se a alunos de ambos os sexos. Por decreto de D. Pedro V é criada uma cadeira de ensino primário para alunos do sexo feminino e autorizada a abertura de concurso para provimento do lugar de mestra. DECRETO DE 15 DE JUNHO DE 1859
-
1864
São criadas novas ligações de água à vila. Implantados chafarizes nas atuais Praça do Comércio e Praça da República e um tanque para animais nesta última. ATUAL PRAÇA DA REPÚBLICA COM TANQUE PARA ANIMAIS NA PARTE ESQUERDA DA IMAGEM E CHAFARIZ AO FUNDO - Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1869
Fundação do Grémio de Instrução e Recreio Riomaiorense, designado, a partir de 1886, Assembleia Riomaiorense A primeira reunião da Assembleia Geral e Direção desta que será porventura a associação de recreio mais antiga de Rio Maior, decorre em dezembro de 1869. CONCELHO DE RIO MAIOR, Laureano Santos, Fernando Casimiro, Ano 10º N.º 176 15-12-1945, p. 3 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1870
Início da construção da ponte no sítio chamado “Rio da Ponte”, concluída em 1871. Segundo Pinho Leal, no livro Portugal Antigo e Moderno - 1873-1890, a estrada que a atravessava era municipal, mas estaria em construção, à época, a estrada real que ligaria Santarém a Peniche e cujo trajeto passava na ponte. Demolição da antiga albergaria e construção de novo edifício para albergar o hospital da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior. O espaço era pequeno e tinha más condições higiénicas. Em 1870, inicia-se a construção de um edifício com capacidade até 30 doentes. O benemérito David Manuel Fonseca (sócio da firma David Fonseca & Fonseca, com estabelecimento de serralharia em Lisboa), doou leitos, lavatórios, roupas, etc. (“História Municipal Rio Maior” por Fortunato José Carvalho in Revista dos Municípios, 1903 – 6 de Agosto – N. 31) PONTE SOBRE O RIO MAIOR Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1875-1879
Construção de edifício destinado ao ensino primário na sede de concelho Com o apoio do benemérito João José da Costa, proprietário e morador na vila, a 15 de setembro de 1879 é inaugurado um edifício escolar com dois pisos e 4 salas destinado à instrução primária de ambos os sexos, segundo relatos de época “um dos melhores do distrito”. A CIVILIZAÇÃO POPULAR, Manuel José Ferreira, 12.º Anno, N.º 484, 07 de Abril de 1905, p. 3 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1876
Instituição da Associação Riomaiorense Progresso Dramático, mais tarde, Teatro Riomaiorense Primeira ata de grupos de acionistas para a construção de um teatro data de 29 de setembro de 1874 “HISTÓRIA MUNICIPAL – RIO MAIOR”, Fortunato José Carvalho, in Revista dos Municípios, Garcia Pastor (dir.), N.º 31, 6 de agosto, 1903 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1878
A localidade de Marmeleira é desanexada de S. João da Ribeira e elevada a freguesia por decreto de 16 de maio de 1878. RIO MAIOR: ESTUDO DA VILA E SEU CONCELHO, Fernando Duarte, Edição do Autor, Rio Maior, 1951, p. 82 - Biblioteca Municipal Laureano Santos - Rio Maior
-
1880
Inauguração do Teatro Riomaiorense, cuja construção foi iniciada em 1873 EDIFÍCIO DO TEATRO RIOMAIORENSE Espólio de Eduardo Casimiro – Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1880
Criação de filarmónica que foi a génese da Música Velha ou Carecas, banda local de certo prestígio, e que deriva, anos mais tarde, na Associação dos Bombeiros Voluntários. Banda que se congregou na coletividade denominada Sociedade de Progresso Filarmónico Riomaiorense. A 26 de setembro de 1892, esta sociedade cria uma secção de bombeiros, na sequência da oferta de uma bomba de incêndios pelo benemérito António Henriques. E, a partir de 22 de novembro de 1898, ganha a designação de Associação dos Bombeiros Voluntários. Em 1899, os bombeiros inauguram edifício próprio no Alto da Capela, em terreno disponibilizado pela Paróquia da freguesia de Nossa Sr.ª da Conceição de Rio Maior. PRIMEIRA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE RIO MAIOR Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1892
Fundação da primeira tipografia em Rio Maior. Propriedade de Francisco Pereira de Sousa, autor do livro Rio Maior: A vila, seu concelho e comarca: Apontamentos e excertos, editado em 1935. Dois anos depois, em 1894, será Manuel José Ferreira, fundador do jornal O Riomaiorense, a fundar nova tipografia – a Tipografia Civilização. RIO MAIOR: A VILA, SEU CONCELHO E COMARCA (fac-simile da capa), F. Pereira de Sousa, Ed. Autor, Rio Maior, 1935 – Biblioteca Municipal Laureano Santos – Rio Maior
-
1893
Edição do primeiro jornal de Rio Maior, “O Riomaiorense”, de Manuel José Ferreira. O primeiro número sai a 2 de julho de 1893. A partir de 1896, o jornal ganha a designação de Civilização Popular: Folha independente, dedicada á defeza dos interesses locaes e do paiz, e orgão do professorado primário e será editado até 1912. O RIOMAIORENSE, Manuel José Ferreira (Dir. e Ed.), 1º Anno, n.º 1, Rio Maior, 2 de Julho de 1893, p. 1- Biblioteca Nacional de Portugal
-
1898
Criada a Sociedade Recreativa e de Instrução Marmeleirense Em outubro de 1920 funda na sua sede uma escola de música, da qual saiu a banda filarmónica, que faz a sua primeira apresentação a 1 de maio de 1921 (in Esboceto Histórico da Vila da Marmeleira, Bernardo Varela, 1965, p. 29). Em 1939 foi mandada encerrar pela Administração do Concelho por inatividade (Concelho de Rio Maior, Laureano Santos, Fernando Casimiro, Ano 4.º, N.º 113, 01-02-1939, p. 8). BANDA FILARMÓNICA DA VILA DA MARMELEIRA Ephemera – Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira
-
1907
Aprovado o plano geral da rede ferroviária da região compreendida entre o Tejo e o Mondego, contemplando a ligação Setil-Peniche, com passagem por Rio Maior Decreto de 19 de agosto de 1907 do rei D. Carlos I Nos anos seguintes, as populações e os representantes dos concelhos por onde passaria a linha férrea continuam a apresentar várias representações e requerimentos para a construção da mesma. Chega a ser lançado concurso público para o efeito, mas o mesmo ficará deserto (O Riomaiorense (…), António Custódio dos Santos, N.º 307, 10-07-1920, p. 1) Decreto de 19 de agosto de 1907 (fac-simile do Plano geral (…))
-
1910
A notícia da implantação da República chega a Rio Maior a 6 de outubro e os membros do centro republicano da localidade assumem a liderança da Administração do Concelho e Câmara Municipal A CIVILIZAÇÃO POPULAR (…), Manuel José Ferreira, 19º Anno, N.º 591, Rio Maior, 21 de outubro de 1910 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1911
Temporal derruba o Arco da Memória a 12 de janeiro. A estátua de D. Afonso Henriques jazia já no chão e o arco acabou por desmoronar-se (O Riomaiorense (…), António Custódio dos Santos, Ano I, N.º 14, 04-07-1912, p. 3) “Rei da Memória” (1910, Caldas da Rainha) – Jorge de Almeida Lima, cx. 86, doc. 2168 – Torre do Tombo
-
1912
16 de junho – Primeira edição da feira de junho em Rio Maior; 12 de agosto – Na sequência da adoção da Lei da Separação da Igreja do Estado, o padre Artur dos Santos, prior da freguesia de Fráguas é preso por andar na via pública de batina, sobrepeliz e estola; 15 de agosto – Primeira edição da feira anual da Vila da Marmeleira, que decorrerá nos anos seguintes; 02 de setembro – No decurso da feira anual de Rio Maior, abre o posto da Guarda Republicana; Notícias veiculados no jornal O Riomaiorense (…), 2.ª ed., de António Custódio dos Santos O RIOMAIORENSE (…), António Custódio dos Santos, Ano I, N.º 1, 4 de abril de 1912 – Biblioteca Municipal Laureano Santos – Rio Maior
-
1914
28 de julho - Deflagra a Primeira Guerra Mundial. Várias dezenas de jovens do concelho de Rio Maior irão ser mobilizados e participarão nos conflitos em território africano e também europeu, grande parte dos quais enquanto elementos do Corpo Expedicionário Português. No jornal O Riomaiorense, 2.ª ed., António Custódio dos Santos noticia o inicio do conflito (Ano II, N..º 125, 22-08-1914), a declaração de guerra da Alemanha a Portugal (Ano IV, N.º 205, 11-03-1916), a instalação de uma delegação da Cruz Vermelha em Rio Maior (Ano III, n.º 138, 21-11-1914 e seguintes) e vários outros aspetos sobre a participação de Portugal no conflito, incluindo testemunhos dos soldados riomaiorenses (Ano V, N.º 248, 20-01-1917). SOLDADOS DA MARMELEIRA E DEMAIS POPULAÇÃO Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1915
Demolição de edifício em ruina, frontal ao edifício dos Paços do Concelho e empedramento desse largo, obra que marca o início dos trabalhos de urbanização levados a cabo nas décadas seguintes. Eufrásia Regulo doa à Câmara Municipal um prédio que possui na vila, para que esta última o venda e com o produto dessa transação exproprie os prédios situados entre a residência da benemérita e os Paços do Concelho e crie o largo (in O Riomaiorense (…), 2.ª ed., de António Custódio dos Santos, Ano I, N..º 1, 04/04/2012 e Ano IV, N.º 177, 28-08-1915). Também data de 1915 a demolição de Coreto sito na atual rua 5 de Outubro e a sua mudança para a Praça da República. ATUAL PRAÇA DA REPÚBLICA – Meados do século XX Espólio Fernando Sequeira Aguiar – Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1920
5 de dezembro – Lançamento do jornal “Dias que ficam”, dirigido por Beatriz Victória Fernandes, professora oficial na vila, e redigido em exclusivo por senhoras DIAS QUE FICAM: JORNAL LITERÁRIO, Beatriz Victória Fernandes (dir., ed. e adm.), Ano I, N.º 1, 5-12-1920 - Biblioteca Municipal Laureano Santos – Rio Maior
-
1920
Constituição da Empresa Cinematográfica Riomaiorense e fundação da Tuna Riomaiorense, que animava as sessões de cinema. Em ambos os projetos intervém António Custódio dos Santos, editor da 2ª edição do jornal O Riomaiorense, responsável pelo registo da mina de lignite do Espadanal em 1916, sócio fundador da EICEL e primeiro Presidente da Câmara Municipal após a Revolução de 5 de Outubro de 1910 (até 1912 e novamente entre 1923 e 1926). TUNA RIOMAIORENSE – 1930 (na última fila, ao centro, António Cust Espólio Família Goucha – Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1920
15 de agosto – Inauguração da Praça de Touros da freguesia de Marmeleira PRAÇA DE TOUROS DA MARMELEIRA - Tourada de 16 de Agosto de 1920 Ephemera – Biblioteca e Arquivo de José Pacheco Pereira
-
1924
Fevereiro – Criação da Escola Comercial Municipal de Rio Maior, por iniciativa de Augusto César da Silva Ferreira, médico e delegado de saúde. Rio Maior possuiu também uma Escola Municipal Secundária, fundada em 1886 e extinta em 1907. Sobre as duas escolas, ver Rio Maior: A vila, seu concelho e comarca, de Francisco Pereira de Sousa, pp. 75-77. AUGUSTO CÉSAR DA SILVA FERREIRA – Concelho de Rio Maior, Laureano Santos e Fernando Casimiro, Ano 5.º - 136 - 01-05-1940 – Biblioteca Nacional de Portugal
-
1927
A localidade e freguesia de Marmeleira é elevada a vila. Pelo decreto n.º 13513, do Ministério do Interior, publicado no Diário do Governo, n.º 83, 1.ª série, de 25 de abril de 1927 VILA DA MARMELEIRA – IGREJA E LARGO DA REPÚBLICA - “O Concelho de Rio Maior” - O Distrito de Santarém, Tomo 7º, in A Hora: Jornal Ilustrado Português, Bandeira de Tóro (dir.), p. 263 Biblioteca Municipal Laurenao Santos – Rio Maior
-
1928-1938
Realização de um vasto conjunto de obras, que incluem a eletrificação da sede do concelho (1928), a instalação de cinema no Teatro Riomaiorense (1928), a instalação de um campo privativo no parque pelo Rio Maior Tennis Club (1931), a construção de novo edifício destinado a estação de correios, telégrafos e telefones (1931), a inauguração da linha telefónica (1933), o novo edifício do hospital da Misericórdia (1933-1935), o matadouro municipal (1935) e a renovação do edifício dos Paços do Concelho (1937). Em 1936, festejaram-se os 100 anos da ascensão de Rio Maior a vila e concelho. PAVILHÃO DO MUNICÍPIO DE RIO MAIOR NA EXPOSIÇÃO-FEIRA 1936 Centro Português de Fotografia
-
1940
Inicio de atividade da organização Mocidade Portuguesa em Rio Maior. Três anos antes, em 1937, a Legião Portuguesa, organização patriótica de voluntários dirigida a maiores de 18 anos, iniciou também atividade com um núcleo na sede de concelho. Inicio de atividade do Grupo Cénico “Zé Pereira” MOCIDADE PORTUGUESA – Formação junto ao Jardim Municipal Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1942
O Governo atribuiu às minas de Rio Maior um papel de relevância no panorama nacional de produção de combustíveis, no contexto da II Guerra Mundial. Para informações mais detalhadas sobre a atividade mineira em Rio Maior consulte-se, entre outros, Couto Mineiro do Espadanal (...), Nuno Rocha, Dissertação de Mestrado FL-UL, 2010 CAIS DE EMBARQUE DE MINÉRIO E LINHA FÉRREA (inaugurados em 1945) Arquivo Municipal de Rio Maior (Espólio Eduardo Casimiro)
-
1945
Inicio da elaboração do Plano de Urbanização da vila, que marcará o futuro desenho urbano, incluindo a definição daquela que será a principal artéria: a rua A, rebatizada em 1968 como Avenida Paulo VI. Promovido pelo então Presidente da Câmara Municipal, José António Vieira, será elaborado pelo arquiteto Guilherme Faria da Costa. Fundação do clube de futebol “Os Mineiros”, por iniciativa do grupo desportivo da EICEL; criado no ano anterior. Com a conclusão do troço de ligação da estrada das Quebradas, o trajeto da Estrada Nacional n.º 1 inclui a passagem por Rio Maior. RIO MAIOR – VISTA AÉREA (décadas 30-40) Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1947-1948
Construção de edifícios escolares para o ensino primário no âmbito do Plano dos Centenários, para meninas na atual rua Professora Carolina Amália e para meninos na rua Professor Manuel José Ferreira. Criação do Centro de Assistência Infantil de Rio Maior pela EICEL (1947); 1.º Cortejo de Oferendas em benefício do Hospital da Santa Casa da Misericórdia (1948); Inauguração da Cantina Escolar, dirigida pelas professoras do ensino primário (1948); 1.º Circuito Ciclista, decorrido no 3.º dia da Feira de Setembro (1948). CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO ESCOLAR NA RUA PROFESSOR MANUEL JOSÉ FERREIRA Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1952
Fundação do Cineclube de Rio Maior. Entre as atividades do Cineclube incluem-se a edição de duas revistas, a Visor e a Celuloide, a produção de pequenos filmes, caso de “As pupilas do Sr. Prior” e “Sal sem Mar” e a organização de encontros e concursos de cinema amador. CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DA PELICULA “AS PUPILAS DO SR. PRIOR” Cineclube de Rio Maior - Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1961
30 de abril - Inauguração do Palácio da Justiça, (Tribunal, Registo e Notariado) e lançamento da primeira pedra da Igreja Matriz, com a presença do Ministro da Justiça, Antunes Varela. A Igreja Matriz de Rio Maior será inaugurada sete anos depois, a 26 de maio de 1968, pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira. FRAME DE FILME SOBRE A INAUGURAÇÃO DO PALÁCIO DA JUSTIÇA E LANÇAMENTO DA PRIMEIRA PEDRA DA IGREJA MATRIZ Cineclube de Rio Maior - Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1971
A tradicional feira de setembro recebe a designação de FRIMOR. Em 1983, a feira recebe também, pela primeira vez, o título de Feira Nacional da Cebola. No cartaz de divulgação do evento deste ano pode ler-se: Frimor 83 – Feira Nacional da Cebola – 1 a 5 de setembro. FEIRA DE SETEMBRO – s/d Espólio Fernando Sequeira Aguiar- Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1972-1973
Rio Maior é notícia nos órgãos de comunicação nacional pela história caricata do “leão de Rio Maior”. Fernando Pessa vem à vila ribatejana fazer uma reportagem sobre esta história e a RTP faz a cobertura de uma das batidas ao leão. FRAME DE REPORTAGEM A BATIDA AO LEÃO REALIZADA PELA RTP EM 21 DE JANEIRO DE 1973 RTP - Arquivos
-
1974
A primeira Comissão Administrativa da Câmara Municipal pós-Revolução de 25 de Abril é eleita em assembleia popular e presidida por Alberto dos Santos Goucha. Esta Comissão tomará posse em junho no Governo Civil de Santarém. ALBERTO DOS SANTOS GOUCHA (1911-1995) – Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Rio Maior de 24-06-1974 a 23-08-1976 – Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1975-1976
Julho a dezembro - Movimento dos agricultores. Data desta época a “moca de Rio Maior”. Sobre o tema consultar, entre outros, o site da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, em https://www.cap.pt/quem-somos/historia e o livro de Fernando Duarte, Rio Maior - Estudo da vila e seu concelho, pp.221-224. PLENÁRIO DE AGRICULTORES EM RIO MAIOR – 1975 Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1978
Renascimento do Coral e Orquestra Típica de Rio Maior, mais tarde nomeada “António Gavino”. Sob a batuta dos maestros António Varela e, mais tarde, António Gavino, assume-se como sucessora da Chia-a-Nora (esta última criada em 1956, pelo Círculo Cultural de Rio Maior). ATUAÇÃO DO CORAL E ORQUESTRA TÍPICA DE RIO MAIOR – s/d Casa do Povo de Rio Maior – Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1980
Visita do Primeiro-Ministro Sá Carneiro a Rio Maior, a 31 de agosto, meses antes do seu trágico falecimento. Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro, nascido no Porto em 1934, faleceu na noite de 4 de dezembro de 1980, em circunstâncias nunca completamente esclarecidas, quando o avião no qual seguia se despenhou em Camarate. Juntamente com ele faleceram Adelino Amaro da Costa, Snu Abecassis, António Patrício Gouveia e o piloto e o copiloto da aeronave. VISITA DO PRMEIRO MINISTRO SÁ CARNEIRO A RIO MAIOR – 31-08-1980 Arquivo Municipal de Rio Maior
-
1982
Conclusão do Centro de Saúde, mais tarde denominado “Unidade de Saúde Dr.ª Maria Laudelina Barbosa” UNIDADE DE SAÚDE “DR.ª MARIA LAUDELINA BARBOSA – Artigo “Médicos no Centro de Saúde (…)” in jornal Região de Rio Maior, publicado online a 08/01/2016
-
1985
Rio Maior é elevada a cidade RIO MAIOR – VISTA AÉREA - Foto Brites publicada online por EICEL1920, Associação para a Defesa do Património em 25-10-2004
-
1986
Primeira edição da Feira das Tasquinhas. Rio Maior volta a ter uma feira nos primeiros meses do ano, como já sucedera em 1894 (O Riomaiorense (…), Manuel José Ferreira, 1.º Ano, n.º 36, 04-03-1894), e novamente em 1949 (Concelho de Rio Maior, L. Santos e F. Casimiro, Ano 15º, n.º 239, 15-04-1950), com a instituição de feiras em março, que num caso e noutro durarão alguns anos. CARTAZ DA 1.º EDIÇÃO DA FEIRA DAS TASQUINHAS – 15 a 17 Março de 1986 Biblioteca Municipal Laureano Santos – Rio Maior
-
1989
A localidade de Assentiz ascende a freguesia e o concelho de Rio Maior atinge o número máximo de catorze freguesias. Com a reorganização administrativa levada a cabo desde 2013, oito freguesias passam a fazer parte de uniões de freguesias. MAPA DO DISTRITO DE SANTARÉM, COM O CONCELHO DE RIO MAIOR EM DESTAQUE
-
Década 90
A aposta do Município de Rio Maior no desporto traduz-se na construção e inauguração de um vasto conjunto de infraestruturas, equipamentos e serviços ligados a esta área. Entre outros: Pavilhão Polidesportivo (1990), Piscinas Municipais (1992), ESDRM - Escola Superior de Desporto de Rio Maior (1997), DESMOR – Empresa Municipal (1999). Rio Maior ganha o epiteto de “cidade do desporto” e no século seguinte continuará o investimento nesta área. VISTA AÉREA DO COMPLEXO DESPORTIVO DE RIO MAIOR - Artigo “Rio Maior e a Importância Económica do Desporto” in jornal Região de Rio Maior, publicado online a 04/09/2015
-
1992
Descoberta da Villa Romana de Rio Maior Classificada em 2014 como “sítio de interesse público” (Portaria 22/2014, de 10 de janeiro). PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA VILLA ROMANA DE RIO MAIOR
-
1997
Classificação das Salinas da Fonte da Bica, freguesia de Rio Maior, como “imóvel de interesse público” Pelo Decreto N.º 67/97, de 31 de Dezembro FRAME DO VIDEO “SALINAS RIO MAIOR 7 MARAVILHAS” - Apresentação da Aldeia das Salinas da Fonte da Bica às 7 Maravilhas Aldeias em Áreas Protegidas – RTP